Por que algumas pessoas não curtem techno? A Ciência tenta explicar

Por que algumas pessoas não curtem techno? A Ciência tenta explicar

Que alimenta o Blog da Escola Widemuzik sempre está investigando notícias interessantes que provem dá o mundo inteiro e desta vez achamos uma matéria realmente curiosa no site da Housemag Brasil, que fala porque tem pessoas que não gostam da música Techno.

Quem curte Techno já está acostumado a receber olhares tortos quando tenta apresentar o gênero a alguns amigos. Dependendo do estilo tocado por um DJ Techno, as faixas podem ser consideradas repetitivas, insípidas ou com pouco groove. De fato, o Techno não é — e não tem intenção de ser — um gênero palatável para todo mundo, mas se a vertente é conhecida por seu groove, por que o som parece ser tão difícil para algumas pessoas sentirem vontade de dançá-lo? É isso o que estudiosos da instituição americana Public Library of Science tentam explicar.

Para entender o estudo comandado pelos pesquisadores Alex Hoffmann e Brian C. Wesolowski, deve-se entender seu objetivo: testar se existe relação entre a forma como alguém percebe e é afetado por uma “música baseada em groove”, sendo o groove uma “agradável sensação de querer se mover com a música” ou “uma satisfação e divertimento em apreciar uma estética rítmica de um estilo de música”.

O experimento teve ajuda de 99 universitários entre 18-24 anos, sendo 63 homens e 36 mulheres. Eles foram convidados a avaliar samples de músicas de 11 diferentes vertentes da música eletrônica, enquanto suas reações cognitivas, afetivas e psicomotoras eram documentadas. Entre essas 11 vertentes, encontravam-se as seguintes características: a) linhas de baixo isócronas (isto é, em intervalos de tempo iguais) e timbres estáticos; b) linhas de baixo isócronas com dinâmica oscilante e variações rítmicas nas frequências médias; c) linhas de baixo não isócronas e timbres oscilantes; e d) linhas de baixo não-isócronas com variações rítmicas nas frequências altas.

A cada sample ouvido, o participante deveria avaliar se essa música o faz querer dançar, em uma escala de 1 a 4, sendo 1 “discordo veementemente” e 4 “concordo veementemente”. As reações psicomotoras foram gravadas também para avaliar a música com base em: a) “esse som me faz querer batucar os pés”; b) “esse som me faz querer mexer a cabeça”: e c) “esse sample me faz querer dançar”.

Nos resultados, os dados agrupados sobre o Electro House, o Progressive House e o Drum & Bass (área verde) indicam que estas são as vertentes mais “dançáveis”. Abaixo disso, o Deep House, o House, o Tech House (área cinza) e o Dubstep (área rosa). Na área preta, o Techno e as vertentes Chill Out acabam como os estilos “menos dançáveis”.

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Segundo a fonte, os pesquisadores sugerem a hipótese de que as vertentes da área verde (Drum & Bass, Electro House, Progressive House) evocam uma resposta emocional poderosa pois os ouvintes estariam expostos a uma estrutura mais complexa’. A estrutura, de acordo com a pesquisa, supostamente mais previsível do Techno, com um Bass Isocrônico, não agrada às pessoas que anseiam pelo drop.

Deve-se levar em conta que música é algo difícil de mensurar desta maneira quando o gosto musical é subjetivo. O Techno é um vasto mundo com vários estilos de som, e uma pesquisa de “termômetro de groove” também está sujeita a interpretações pessoais. Ainda que a pesquisa seja válida para tentar entender o que faz alguém querer dançar, a mesma não vale necessariamente para determinar a qualidade de uma música.

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