Doze conselhos para ser um bom produtor musical(e algumas coisas a se evitar)

Doze conselhos para ser um bom produtor musical(e algumas coisas a se evitar)

Esta matéria foi criada através de diferentes experiências e enfoques de Produtores Musicais, Técnicos, Engenheiros, Produtores e Artistas. Cada um contribuiu com um “grãozinho de areia”.

Doze conselhos para ser um bom produtor:

1. Aprenda a apreciar todos os estilos musicais: Sim, todos nós tivemos 15 anos e tudo isso, menos a música que escutamos, parecia uma merda, mas já com 30 ou 40 anos, precisamos amadurecer musicalmente. A música é música e em todos os estilos há desafios interessantes e coisas a aprender. Isto é algo que se aprende da publicidade: um dia você pode produzir um tango, no outro uma canção para outro tipo de artista, no terceiro dia trabalhas numa orquestra para 80 músicos e no quarto pode trabalhar em uma track electro. Tudo bem em se especializar, mas não se esqueça de que há muito mais coisas. Por exemplo: ainda que um produtor tenha começado profissionalmente gravando sertanejo(sim, todos temos um passado escuro), você pode ser um especialista na produção de sons mais independentes e/ou eletrônicos e, no entanto, trabalhar par um projeto pop latino, com várias influências.

2. Adequa a sua produção ao seu estilo. É bastante óbvio, mas não tão respeitado.
Estude com referências o tipo de trabalho que você vai fazer. Se é um disco de Metal, escute Metal. Se é Pop, estude o Pop. Que o seu selo seja um trabalho bem feito, e não vinte discos que soam péssimos.

3. Inove. Este pode ser o ponto polêmico da lista. Se no Brasil pecamos por algo, é pela total falta de inovação. Aqui tudo tem uma ressalva antiquada que assusta. Por favor, sejam modernos, olhem mais além da sua zona de conforto(e de todas as nossas fronteiras naturais) e inovem. Deixemos de ser o país só do Funk e do Sertanejo (sem preconceitos ou críticas para quem gosta)..

4. Escolha os melhores músicos e arranjadores que você puder pagar. Seu amigo João está bem para tocar em um barzinho, mas em uma produção você não pode permitir que soe nível médio. Os melhores músicos se dedicam a isso profissionalmente e eles tem os melhores instrumentos.

Escolha os melhores músicos e arranjadores
Escolha os melhores músicos e arranjadores

5. Deixe que os músicos toquem: Um bom músico tem muito para oferecer porque, como disse anteriormente, ele é um profissional do seu instrumento. Conhece-o, estuda-o e sabe coisas que você não sabe. Deixe as pessoas tocarem o que querem e logo peça coisas concretas. Tenha sempre um plano b, algo preparado, mas, se houver tempo, deixe que os músicos “aportem o seu grãozinho de areia”: pode ser como uma montanha..

6. Dimensione a produção ao seu projeto. Na hora de buscar um estúdio, músicos, etc, para o seu projeto, certifique-se o que é adequado para cada passo. Não é importante reservar uma sala grande se você vai gravar só bateria. Além disso, quanto menos pessoas houver no controle, mais fácil será de conduzir a situação. Há mil detalhes que você pode eliminar ou que podem ser cruciais em cada produção. Por exemplo, gravar em fita pode ser um luxo estúpido para um disco eletrônico ou ser algo fundamental para um de rock clássico.

7 . Escolha o melhor técnico/estúdio que você puder pagar. Todos sabemos que o “fulaninho” grava discos a 150 reais por track, mas, e o resultado final? Se o seu disco não vai soar bem, não se meta nisso. Atenção, sempre há que dimensionar a produção ao projeto. Se é uma demo, há muita oferta de estúdios e técnicos, mas se é um trabalho para uma companhia, você precisará de alguém com garantias de um bom resultado.

8. Cuide do seu artista. Caso você produza discos ou canções, o artista (grupo ou solista), deve ser a sua principal preocupação. Ele está colocando em suas mãos a sua carreira profissional. De fato, 99% não chega a editar nada mais, o que faz da sua experiência algo inesquecível. Não lhe importa as suas fitas ou planejamentos, seus problemas pessoais ou se o guitarrista não pode gravar na quinta porque tem um contratempo. O seu trabalho é extrair o melhor dele (ou do grupo), e fazer com que tudo chegue a um “bom porto”, e não manter o seu artista informado de cada imprevisto que houver.

9. Respeite a opinião do artista. Quase sempre eles escutaram as canções mais do que você,também as tocaram ao vivo, deram mil voltas. Você deve ser objetivo e tirar o melhor delas, mas não se imponha, a menos que seja um erro evidente ou então ofereça a oportunidade de tentar uma outra opção.

10. Aquele que paga, manda. E isto tampouco é óbvio. Aqui todos somos artistas, mas, atenção, quem paga espera algo de você, e, portanto, a sua opinião é primordial. Eles esperam o melhor que você possa oferecer, mas você deve deixá-los contentes (às vezes isso vai especificado em contrato). Se você acredita que não pode trabalhar para o outro, melhor que não o faça. E lembre-se: quando há dinheiro envolvido, a música deixa de ser arte e se converte em indústria.

Aquele que paga, manda.
Aquele que paga, manda.

11. Não se firme em algo que não possa se defender. Isto se lê de duas formas: “Não se meta em enrascadas que não conseguirá sair” e “Não assine/firme algo que você possa se envergonhar. Daí, sobram explicações.

12. Atreva-se. Possivelmente um disco de sertanejo não está na sua lista de desafios ou gostos, mas você sempre pode buscar alguém que te ajude nesta empreitada (co-produtores, produtor – associado, coisas que os outros dizem, etc). Afinal, o caminho se faz ao caminhar.

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