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Morre Ikutaro Kakehashi, fundador da Roland
Fundador da Roland Ikutaro Kakehashi faleceu no sábado 1 de abril com a idade de 87 anos. Alguns músicos próximos a ele deram a notícia através das redes sociais, segundo o Portal de Música Eletrônica Synthtopia. Abaixo segue a nota na íntegra por Tommy Snyder, baterista e assessor de marca japonesa:
Também se pronunciou Marc Almond, líder do Soft Cell:
A man who changed Music Ikutaro Kakehashi the Man behind the Roland Synth,808 and more has sadly passed. Thanks for the Electro sounds.????
— Marc Almond (@MarcAlmond) 2 de abril de 2017
E outros fabricantes do setor, como Moog:
Our hearts are w/ our brothers & sisters at #Roland after the profound loss of Ikutaro Kakehashi, model of resilience & genuine trailblazer. pic.twitter.com/ZDJWrBQPlE
— Moog Synthesizers (@moogmusicinc) 2 de abril de 2017
Kakehashi nasceu em Hamamatsu, considerada a “cidade da música” no Japão. Ele foi o fundador da Ace Eletrônica em 1964, que tinha como objetivo desenvolver o órgão eletrônico, inspirado por Hammond e Leslie. Um pouco mais tarde formou a Roland Corporation, empresa que ele dirigiu com sucesso por mais de 40 anos, “iluminando” assim o mercado com a criação da máquina caixa DW, que “escreveu” a história da Música Eletrônica como a CR-78, TR-808 ou a TR-909, além dos sintetizadores Jupiter, Juno 60 e o D-50. Além disso, o seu papel na criação do protocolo MIDI foi essencial, e, por essa razão, Kakehashi recebeu um Grammy em 2013 juntamente com o Dave Smith, criador do famoso sintetizador Prophetem.
Aos 83 anos de idade deixou a Roland para formar a ATV (Atelier Visão Corporation), empresa fabricante de bateria de percussão eletrônica e equipamentos de vídeo. Há poucas semanas foi apresentado o seu próximo produto, o “pandeiro eletrônico” Aframe.
Coincidindo com o 30º aniversário da Roland em 2002, Kakehashi publicou um livro chamado “I Believe in Music”, que apresenta como funciona a indústria de instrumentos musicais eletrônicos, além de contar sua história como empresário. O livro é bem interessante, vale a pena lê-lo. O capítulo final é intitulado “Atalho para um Paraíso Musical”, e é isto que este grande gênio merece agora. Descansa em Paz.
